O conhecimento científico é construído através
de controvérsias. Por pessoas capazes de vencerem os paradigmas vigentes e
capazes de lutarem por suas convicções.
Imagine, você pertence a um grupo de pesquisa
e após a descoberta de um fato novo e único termina expulso. Ainda por cima
você é chamado de “Quase Cientista” por Linus Pauling.
Bem, quem é Linus Pauling?
Linus Pauling é um Químico com Q maiúsculo vencedor
do Prêmio Nobel de Química e da Paz. Cientista extremamente respeitado cujas
palavras eram detentoras de grande poder, ou seja, você ser chamado de “Quase Cientista”
por Pauling não era um elogio. Seria um grande xingamento. Seria como alguém
cumprimentando você com a seguinte expressão “filho da $@%#$#%”.
A vítima de tal impropério era Daniel
Schechtman, o Quase Cientista. O motivo da discórdia era a descoberta dos “Quasicristais”.
Estruturas impossíveis de existirem segundo uma lei básica da Química. Na teoria
era possível a existência de cristais com ordem de simetria rotacional iguais a
1, 2, 3, 4 e 6. Os cristais descobertos pelo Quasicientista Schechtman têm
simetrias rotacionais correspondentes a 5, 10 e 20. Simetrias consideradas impossíveis.
O Quasicientista Schechtman não se intimidou
com a maioria e lutou por meio do debate cientifico. Venceu! Por isso, recebeu
o Prêmio Nobel de Química de 2011.
“Se você
é um cientista e acredita em seus resultados lute por eles, lute pela verdade. Ouça
os outros, mas lute pelo que acredita. Eu lutei, e os resultados foram muito
bons para todos, inclusive para mim”.
Daniel
Schechtman
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