O tempo muda,
o mundo muda e o ultrassado se torna moderno. Lembro-me, da minha família
reunida para abater bois para consumo próprio durante os tempos da inflação
galopante. Um boi no freezer representava uma boa economia. Nesses dias, minha
Vó aproveitava e fazia sabão no sítio com os restos de gordura do animal
abatido. Achava aquilo tão ultrapassado, para que tanto trabalho, afinal, era
mais fácil comprar barras de sabão no supermercado. Por isso, achava-a
ultrapassada. Ela e os sitiantes nasceram e viveram num tempo em que o acesso
ao sabão e outros itens era difícil devido à disponibilidade e preço e, por
isso, buscavam o maior aproveitamento possível de tudo que era oferecido pela
terra. Os sitiantes aproveitavam quase tudo e não jogavam quase nada fora.
Hoje, na
sociedade de consumo, o individuo é visto e julgado pelo ter e, por
consequência, o comportamento de consumista é incentivado, o que gera grande
pressão no meio-ambiente para o provimento de recursos para a produção de bens
e espaço para o descarte de materiais, ou seja, espaço para jogar o lixo. Interessante
observar uma grande verdade, você
morrerá e seu lixo permanecerá. No futuro você será lembrado pelo seu lixo
e não pelo que você foi como individuo. Lembre-se, o lixo dura mais tempo que você!
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